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Transporte de cargas no Brasil: entendendo o passado para projetar o futuro

Ao longo da história, o transporte de mercadorias desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico e na integração dos países. No Brasil, o sistema de transporte rodoviário ganhou destaque no século XX, tornando-se a opção principal para o movimento de mercadorias. No entanto, essa dependência trouxe como políticas públicas adequadas ao planejamento de estradas, rodovias, vias de acesso a portos, aeroportos, relacionadas ao crescimento populacional e dependência brasileira da malha rodoviária para como principal vetor de seu desenvolvimento, congestionamentos em portos, altos custos e impactos ambientais, exigindo uma reflexão sobre a necessidade de diversificar o sistema de transporte de cargas.

Atualmente, nos encontramos em uma era de transformação, onde buscamos ativamente soluções mais eficientes e sustentáveis para diversas áreas do conhecimento e da prática humana, e por certo também para o segmento dos transportes de cargas. A expansão das ferrovias surge como uma alternativa promissora (malha ferroviária que nos tempos do Brasil Império tiveram impulsionamento mas que naufragou em seus propósitos por falta de política pública voltada ao seu desenvolvimento) para aproveitar a vasta extensão territorial e os recursos naturais do Brasil. Além disso, melhorias nas vias navegáveis (aprofundamento de calados portuários, abrindo portos brasileiros ao recebimento de navios de maiores calados e com mais quantidade de containers e cargas) e a promoção do transporte marítimo nacional (conhecida como Navegação por Cabotagem) e fluvial (em algumas regiões brasileiras geograficamente possíveis de se utilizar os rios como opção logística, como o Norte do País por exemplo) visam aproveitar melhor os rios e a costa brasileira como rotas estratégicas para o movimento de mercadorias.

Olhando para o futuro, as perspectivas podem ser encorajadoras. Ainda não percebemos na teoria e na prática um projeto de País tratando-se dos nossos governantes. Porém, podemos afirmar com entusiasmo e chegada cada vez mais impactante da tecnologia na área de transportes de cargas, como a automação de veículos de carca (caminhões que rodam sem a presença física de um(a) motorista),  gates portuários totalmente automatizados, sem ação humana no controle de entrada e saída de caminhões de alguns portos brasileiros, sensores de alto impacto postados em portainers possibilitando a coleta dos dados das cargas, dos containers de forma automática e em tempo real, diminuindo o tempo do procedimento de operação de descarga e carregamento de navios nos portos, conferindo maior agilidade a entrada e saída de navios destes portos, câmeras de monitoramento de pátio, de containers, possibilitado conferências físicas de cargas pela Receita Federal por exemplo, a distância, dentre outras tecnologias aplicadas.

Além disso, a logística digital, baseada em sistemas inteligentes e conectividade, promete revolucionar a gestão e o rastreamento de cargas. As perspectivas para o transporte de cargas no Brasil são moldadas por investimentos em infraestrutura (a qual ainda infelizmente dependemos dos nossos governantes), tecnologia e sustentabilidade, visando superar desafios históricos, criar paradigmas e aproveitar oportunidades no setor. Com toda a inovação, é possível traçar um caminho para um futuro promissor na logística brasileira.

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