Um bom catálogo é a fonte única da verdade sobre seus itens: base para preço, compra, engenharia, marketing, comex e logística. Quando o catálogo é raso ou inconsistente, surgem erros de NCM, cálculo ruim de frete, divergências de pedido, atrasos no desembaraço e devoluções.
Abaixo, o guia prático da Logtrade para montar (ou reestruturar) um catálogo que vende mais, reduz retrabalho e suporta operações internacionais.
1) Defina o objetivo do catálogo e os públicos
Uso interno: compras, engenharia, P&D, PCP, fiscal/tributário, logística;
Uso externo: distribuidores, representantes, marketplaces B2B, clientes finais, aduanas/órgãos;
Escopo: apenas SKUs ativos? incluir sob encomenda? peças de reposição? kits?
Saiba quem consome os dados e como (PDF, planilha, API, portal).
2) Modele o dado mestre (PIM)
Crie um modelo de dados com campos obrigatórios por família de produto. Mínimo recomendado:
Barras: EAN-13/14 por nível; marcações e shipping marks;
Requisitos especiais: temperatura controlada, data de validade/shelf life, FEFO/lot tracking.
Resultado: cotação de frete correta, melhor planejamento de picking/armazenagem e menos surpresa com demurrage/detention.
6) Camada de preços e condições comerciais
Tabelas por mercado/moeda (BRL, USD, EUR), políticas de desconto e MOQ/MOQ por variante;
Lead time (produção e trânsito), política de estoque (estoque de segurança/produz sob demanda);
Incoterms por canal (EXW/FOB/CIF/DDP) e termos de pagamento;
Impostos: destaque tributário para B2B (alíquotas estimadas por UF/país quando aplicável).
7) Compliance e COMEX integrados ao catálogo
NCM/HS por destino + notas de exceção; Regimes especiais aplicáveis (Drawback, RECOF/RECOF-Sped, Entreposto);
Certificados exigidos por país/segmento (INMETRO, ANVISA, MAPA, FCC/CE, Reach/RoHS);
Requisitos de rotulagem e idioma;
Documentos associados: COO, fichas técnicas, SDS, laudos — vinculados ao SKU no PIM.
8) Canais de saída e formatos
PDF institucional por linha (com spec e aplicações);
Planilhas/feeds (CSV/Excel/XML/JSON) por marketplace/cliente, com mapeamento de campos;
Portal B2B/API para reps e distribuidores (estoque, preço, ficha técnica atualizada);
Catálogos “sob medida” por cliente/mercado, gerados automaticamente do PIM.
9) Processo de implantação (roadmap enxuto)
Descoberta: objetivos, canais, dores atuais;
Modelo de dados por família e campos obrigatórios;
Consolidação das fontes (ERP, planilhas, engenharia);
Limpeza e normalização (unidades, listas de valores, duplicidades);
DAM: padrões de foto/vídeo/documentos;
Governança & workflow (papéis, aprovações, SLAs);
Publish para canais (PDF, feeds, portal);
Métricas e melhoria contínua.
10) Checklist rápido (para não esquecer)
SKU com todas as camadas de embalagem preenchidas;
NCM/HS revisado + certificados anexos;
Descrição curta/longa + benefícios e aplicações;
Atributos técnicos por família padronizados;
Imagens e documentos no DAM com naming padrão;
Tabelas de preço, MOQ e Incoterms por canal;
Fluxo de aprovação funcionando (PIM ↔ ERP/WMS);
Relatórios de qualidade de dados em dia
Um catálogo bem modelado reduz lead time comercial, melhora a acurácia logística e diminui riscos de comex. Mais que “material de vendas”, ele é o sistema central da operação.
A Logtrade ajuda sua empresa a estruturar PIM/DAM, modelar dados logísticos e de comércio exterior, e publicar catálogos consistentes para qualquer canal, do PDF institucional ao feed para marketplace B2B.