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Descarbonização do transporte marítimo e COP 28. O que vem por aí?

Sem dúvida a reunião da cúpula COP 28 – Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que começou em 30 de novembro e termina amanhã, 12/12/2023, em Dubai, nos Emirados Árabes, foi um grito de alerta sobre os impactos ambientais causados pelo “progresso”, digamos assim.

Atuamos no comércio exterior há mais de 30 anos, sabemos que os navios representam hoje a oitava maior fonte de emissão de CO2 do planeta, correspondendo a 3% do total de Gases do Efeito Estufa (GEE) lançados na atmosfera.

Eles emitem menos CO2 do que outros tipos de transporte, como o rodoviário, por exemplo, mas por se tratarem de um modal muito utilizado, acabam representando uma importante contribuição para a poluição e as mudanças climáticas.

E como nosso segmento vai atuar daqui para frente?

Por meio do IMO 2023, a Organização Marítima Internacional pretende reduzir os impactos da atividade mercantil marítima no planeta. De acordo com as novas regras, que entram em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2024, todos os navios serão obrigados a calcular seu Índice de eficiência Energética e realizarem a coleta de dados para a composição de um relatório anual publicado pela organização sobre a emissão de CO2 nas operações de transporte de cargas pelo mar.

Outra forma de evitar as emissões de carbono na atmosfera por meio do transporte de cargas marítimas é o desenvolvimento de frotas de navios elétricos.

A mais recente das experiências é um navio empurrador na Holanda, totalmente elétrico, que transportará grãos de cacau da do Porto de Amsterdã para a fábrica da Cargill em Zaandam, na Holanda. A expectativa é de que o navio elimine a emissão de 190.000kg de CO2 por ano, o que seria equivalente a mais de 15 mil viagens nesta mesma rota por meio de caminhões.

Enquanto os navios elétricos não são uma realidade em larga escala, e não chegam por aqui, resta encontrar em nossas operações de comércio exterior todas as formas alternativas possíveis para uma menor emissão de gases prejudiciais ao efeito estufa, dentre elas, as melhores rotas para economizar tempo, recursos e emissões.

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