Em um cenário de mudanças estruturais no comércio mundial, a mitigação de riscos logísticos já se consolidou como uma exigência de sobrevivência.
Entre novas regulamentações, reconfigurações de rotas internacionais, aumento da fiscalização aduaneira e incertezas cambiais, a previsibilidade operacional é hoje um ativo tão valioso quanto o próprio produto transportado. Talvez, até mais!
E com a aproximação de 2026, ano que marcará a consolidação de mudanças como a DUIMP, o CCT e a nova estrutura tributária brasileira, as empresas que atuam no comércio exterior precisam atualizar seu checklist de gestão de riscos para garantir competitividade e continuidade operacional.
A seguir, um guia prático com os principais pontos de atenção.
Grande parte dos riscos logísticos nasce antes do embarque.
Erros em documentos, inconsistências fiscais e classificações incorretas de NCM estão entre as principais causas de atrasos, multas e bloqueios em canais de parametrização.
Empresas preparadas para 2026 devem revisar:
Dica prática: revise seus cadastros no Catálogo de Produtos e simule operações com o CCT para testar a consistência das informações.
Risco compartilhado é risco ampliado.
Em cadeias de suprimento cada vez mais fragmentadas, o desempenho e a conformidade de fornecedores podem determinar o sucesso (ou o colapso) de toda a operação.
Empresas que operam de forma madura já adotam:
É fundamental estabelecer critérios claros de qualificação e requalificação de fornecedores logísticos, não apenas no Brasil, mas também nos países de origem e destino.
O gargalo logístico muitas vezes não está no transporte, mas no armazenamento e manuseio da carga.
Condições inadequadas, falta de rastreabilidade e ausência de planos de contingência em armazéns aumentam o risco de avarias, perdas e divergências fiscais.
Pontos de atenção:
Mantenha sempre um plano B de armazenagem e transporte, o custo de uma contingência planejada é muito menor que o de uma emergência improvisada.
Visibilidade é o novo nome da segurança logística. Empresas que ainda operam sem dashboards integrados e sem rastreabilidade em tempo real estão operando às cegas e, portanto, expostas.
Investir em tecnologia não é mais opcional:
A visibilidade logística não se mede por GPS, mas por capacidade de decisão. Avalie se suas informações chegam rápido o suficiente para agir.
A fronteira entre risco operacional e risco fiscal é cada vez mais tênue.
Com a Reforma Tributária e as mudanças no sistema de regimes aduaneiros especiais, é fundamental revisar como as estratégias de importação e exportação estão estruturadas.
Aspectos que merecem atenção:
Envolva o departamento fiscal nas decisões logísticas. A previsibilidade tributária é uma das maiores aliadas da previsibilidade operacional.
Por fim, o risco que quase ninguém mapeia: a dependência de um único modelo logístico.
Empresas resilientes diversificam modais, parceiros e pontos de armazenagem e testam seus planos de contingência periodicamente.
Revise:
Resiliência não é ter um plano, é ter cultura de execução sob pressão. É isso que, de fato, faz diferença.
A gestão de riscos logísticos é um organismo vivo: exige atualização constante, alinhamento entre áreas e visão integrada da cadeia.
À medida que nos aproximamos de 2026, as empresas que tratam esse tema de forma proativa, estruturada e orientada a dados estarão na dianteira da competitividade global.
Na Logtrade, acreditamos que a previsibilidade nasce do planejamento e que a mitigação de riscos começa muito antes do embarque.
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