2.200 quilômetros! O “corredor bioceânico” é um gigantesco projeto de infraestrutura desenvolvido desde 2015 pelos governos da Argentina, Brasil, Paraguai e Chile para ligar quatro portos localizados no Oceano Pacífico – sendo eles Antofagasta, Mejillones, Tocopilla e Iquique – ao porto de Santos (SP). O custo aproximado do investimento total é de US$ 10 bilhões. A rodovia cruzará as regiões de Mato Grosso do Sul e São Paulo no Brasil, Gran Chaco no Paraguai, as províncias de Salta e Jujuy na Argentina e as regiões de Antofagasta e Tarapacá no Chile. Diante deste mega projeto, a pergunta que não quer calar: quais impactos para a logística? Veja alguns abaixo:
Conectividade regional
Uma mega estrada entre Brasil e Chile poderia melhorar significativamente a conectividade entre os dois países e toda a região sul-americana. Isso abriria novas rotas de transporte e reduziria a dependência de rotas marítimas ou aéreas existentes. A melhoria da conectividade pode impulsionar o comércio bilateral e o intercâmbio econômico entre as regiões.
Redução de tempo de trânsito
Uma estrada direta entre Brasil e Chile poderia reduzir significativamente o tempo de trânsito para o transporte de mercadorias entre os dois países. Isso pode resultar em prazos de entrega mais curtos e maior eficiência logística. Empresas que dependem do transporte de cargas entre Brasil e Chile podem se beneficiar com uma rota terrestre mais rápida e direta.
Desenvolvimento de infraestrutura ao longo da rota
A construção de uma mega estrada exigiria o desenvolvimento de infraestrutura ao longo de todo o percurso, incluindo postos de controle fronteiriço, postos de abastecimento, serviços de manutenção e apoio logístico. Isso poderia estimular o desenvolvimento econômico em áreas próximas à rota, impulsionando a construção de armazéns, terminais de carga, estações de serviço e outros negócios relacionados à logística.
Desafios logísticos e regulatórios
A construção e operação de uma mega estrada enfrentariam desafios logísticos e regulatórios significativos. Isso inclui questões como a padronização das regulamentações de transporte entre os países, questões aduaneiras e alfandegárias, e a necessidade de harmonização de procedimentos e regulamentações para facilitar o fluxo eficiente de mercadorias.
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